domingo, 3 de janeiro de 2016

A COMUNICAÇÃO SOCIAL E COMO SE FAZ UM CANDIDATO BARATINHO...




A campanha eleitoral presidencial veio desmascarar o ponto a que se chegou em alguns meios da comunicação social e a vergonhosa submissão das suas direcções e de alguns jornalistas que, mais papistas do que os papas, mais não fazem do que amplificar a voz dos donos.
A eles se juntam alguns comentadores, analistas e escribas de variada estirpe que independentemente da valia e da extensão dos seus conhecimentos, são escolhidos pela sua capacidade de inflectirem a balança do poder para o prato de quem lhes paga.
As poucas excepções, valem como válvula de escape de um sistema distorcido e como prova de vida de pluralidade de opinião, ainda que deficiente.
O caso mais notável de um iluminado bem pago, pois a notoriedade tem também um preço, é Vasco Pulido Valente, que arvorado em consciência da nação se esquece das tristes figuras que fez ao desertar de responsabilidades políticas voluntariamente assumidas e que, não sendo mais do que um piolho gordo e destacado desta piolheira de que se julga alheio, vomita na ressaca da sua ébria mania das grandezas dislates, ofensas e patetices pueris.
Daqui não vem mal nenhum ao mundo pois já ninguém, com dois dedos de testa, leva a sério o seu despeito e a sua maledicência ou as dos que se lhe assemelham, em pose e estatuto.
Realmente perigosos são os jornais e as televisões, ditas de referência, onde as direcções impõem critérios jornalísticos que não passam de meros programas propagandísticos, e os jornalistas que os alimentam ignoram o código deontológico da profissão, baseado na procura da verdade, com objectividade e isenção.
E, para não entrar em generalizações abusivas, chamo a atenção para alguns dos meios de comunicação que têm vindo a cobrir despudoradamente a acção dos candidatos à Presidência da República com o objectivo de catapultar Marcelo Rebelo de Sousa para a glória e, cumulativamente, ignorar ou minimizar António Sampaio da Nóvoa e todos os outros candidatos.
O Diário de Notícias de Lisboa, onde é óbvio o agendamento de notícias e comentários favorecendo MRS, permitiu-se o absurdo de publicar na passada semana uma entrevista com ele realizada em Agosto !!!
E outro caso lamentável é o do jornalista Ferreira Fernandes, que nos habituáramos a respeitar pela inteligência e acurado espírito independente, quando travestido de comentador, se permite, na última página do seu jornal, fazer propaganda ao seu candidato.
O Público, que nos toma a todos por tontos, não contente com a sistemática publicidade que vem fazendo ao mais poupado de todos os candidatos que, ao servir-nos como sopa fria os custos da sua campanha também nos julga patetas, traz no dia 3 de Janeiro, Domingo, uma entrevista profusamente ilustrada com fotografia de capa inteira e oito páginas (1 à 8).
Acompanham-na uma notícia sobre as duas candidatas em duas páginas, (10 e 11), e Sampaio da Nóvoa merece menos de um terço da página 61.
Palavras para quê ? É um artista português.
Mas a pouca vergonha não acaba nem começa no Público, embora este se esmere em esquecer quaisquer normas deontológicas, na oportunidade destas eleições.
O devotado e servidor jornal I não deixa os seus créditos marcelistas e a sua fobia a Sampaio da Nóvoa, por mãos alheias, no que é bem acompanhado pelo Observador,  por Henrique Monteiro e o seu Comendador e até pela insuspeita Clara Ferreira Alves, os mais acreditados jornalistas (?)/comentadores (?) do Expresso, esquecida já a cuca lélé do seu proprietário.
A estes jornais juntam-se as televisões.
Ontem, na RTP1,  o romancista José Rodrigues dos Santos que se julga mais importante e inteligente que qualquer entrevistado e procura sempre, através das suas vítimas televisivas, impingir as soberbas opiniões que lhe jorram sob a artística cabeleira, permitiu-se interrogar António Sampaio da Nóvoa, armado em Torquemada de algibeira, e esqueceu-se de inquirir equilibradamente os candidatos sobre o que pretendiam fazer na Presidência.
Grande jornalista.
E porque o escândalo foi grande, convêm não esquecer os programas de entretenimento da TVI com MRS, mascarados de informação, e as fantásticas entrevistas que aí lhe fizeram.
Esta bambochata tem de acabar.
Temos de opor a esta conspícua estratégia, bem delineada pelos apoiantes de MRS, uma resposta firme que garanta pluralidade informativa e decência ética na comunicação social, sob o risco de tornarmos esta eleição, radicalmente, numa caricatura democrática.
Sabemos que os apoiantes de Marcelo estão inquietos com a possibilidade de António Sampaio da Nóvoa lhe fazer frente, pois sabem que a sua eleição, com a pulverização de votos à esquerda, apenas será possível na primeira volta.
Eles sabem, que se tiverem de enfrentar na segunda volta António Sampaio da Nóvoa, outro galo cantará.
O destempero dos órgãos de comunicação, que perderam com o pudor, a razão da sua existência e do seu papel social, é a melhor prova da força de António Sampaio da Nóvoa e sinal de perturbação nos seus adversários.
Vamos fazer-lhe jus e garantir que a manipulação sem vergonha não passa impune.
 Francisco Faria Paulino
Coordenador da Campanha de António Sampaio da Nóvoa na Região Autónoma da Madeira
Funchal, 3 de Janeiro de 2016