Sampaio da
Nóvoa: «Será uma derrota não ir a uma segunda volta»
O candidato presidencial Sampaio da
Nóvoa diz que será uma derrota se os resultados das eleições não levarem a uma
segunda volta, tanto mais que nas últimas semanas «muitas pessoas se têm
aproximado» da sua candidatura.
A poucos dias de começar oficialmente a campanha eleitoral para as eleições
de 24 de janeiro, o candidato diz que nunca pediu o apoio de ninguém mas que
gostaria de contar com todos, e considera normal que o antigo primeiro-ministro
António Guterres não declare o apoio a qualquer dos dez candidatos.
Falando aos jornalistas no início de uma conferência na Fundação Gulbenkian
sobre “Portugal no 1.º Quartel do Século XXI - Estratégias Rumo ao Futuro”,
Sampaio da Nóvoa fez um balanço da pré-campanha, considerou que os debates
entre os candidatos foram muito úteis e nada excessivos e disse ter “grandes
expetativas” em relação às duas semanas de campanha.
E, disse, vê como positivo a existência de um grande número de candidatos,
esperando-se “uma convergência” na segunda volta.
E a propósito da conferência, na qual apenas presidiu à sessão de abertura,
Sampaio da Nóvoa defendeu que um Presidente da República deve ter muita atenção
e estar informado, para “na altura própria poder agir”, e considerou que Cavaco
Silva teve “muitos momentos de falta de atuação, seja na proteção dos
portugueses seja em outras matérias”.
É preciso “um Presidente que atue a tempo” com atuações “ponderadas em
função de situações concretas”, com uma “vigilância e presença sistemática”,
lembrando que o Governo é responsável perante o Presidente da República e
perante a Assembleia da República, disse, acrescentando: “o Presidente da
República tem que acompanhar e agir no tempo certo”.
Na conferência, lamentou que em Portugal haja muitas vezes uma “política de
curto prazo” em detrimento de uma de longo prazo, pelo que há “dificuldade em
construir compromissos estratégicos”.
A conferência, que termina na sexta-feira, é uma iniciativa do Núcleo
Impulsionador das Conferências da Cooperativa Militar (NICCM), em colaboração
com a Ordem dos Engenheiros, a Associação 25 de Abril, e a Plataforma de
Associações da Sociedade Civil.
Diário Digital com Lusa
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